PROJETO MINHA MÚSICA -
NA VOZ DA PSICOLOGIA
Aqui é o Lugar Onde a Música se Torna Psicológica
e a Psicologia se Torna Musical
Esse projeto nasce da junção e da soma de dois amores, a Psicologia e a Música. Numa forma pensada e bem elaborada, cercada de muito amor e cuidado. Zelando para que o resultado final seja útil e prazeroso ou até mesmo provocativo, a quem dele se aproximar.
É a criação de um novo canal de comunicação e expressão da Psicologia Musicada, com um alcance diferente, buscando através da Música, levar o amor e o acolhimento produzidos pelo aconchego da Psicologia.
A proposta do canal é a de provocar reflexões sobre a vida, o ser e o existir. Através da junção de elementos diferentes, se pretende chegar o mais próximo das pessoas e abordar questões ligadas à Vida e ao Ser Humano.
Somando três elementos distintos, uma Estrada, a Psicologia e a Música, vamos na tentativa de facilitar o entendimento e propiciar a troca referente as dores e as delícias de sermos quem somos e de vivermos a vida que vivemos.
Blues da Piedade
Lançada em maio de 1988
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas mini certezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é Lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só pras pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê um pouco de coragem
Ah, ah, um pouco de coragem
Ah, ah, lhes dê grandeza e um pouco de coragem
A Voz da Psicologia:
A música "Blues da Piedade", composta por Cazuza, é um apelo emocional que transcende a própria dor para se solidarizar com os sofrimentos alheios. A letra é um retrato explícito da sociedade, onde Cazuza canta para os 'miseráveis', aqueles que se sentem derrotados e deslocados no mundo.
Ele aborda a desesperança e a falta de perspectiva que assolam as pessoas que já nascem em desvantagem, as "sementes mal plantadas", e critica aqueles que, apesar de terem recursos e melhores condições, vivem de maneira mesquinha e limitada, "remoendo pequenos problemas".
O refrão "Vamos pedir piedade, Senhor, piedade" é um grito por compaixão e misericórdia para com os que são "caretas e covardes", sugerindo que essas pessoas precisam de "grandeza e um pouco de coragem" para enfrentar a vida de forma mais autêntica e corajosa.
A música é usada como um veículo para expressar solidariedade e desejo transformação, tanto para os fracos quanto para os que não sabem "amar", comparando-os a "insetos em volta da lâmpada", atraídos pela luz, mas incapazes de alcançá-la.
"Blues da Piedade" é um hino de esperança para os desfavorecidos e um pedido de evolução para os que vivem na superficialidade. Cazuza, com sua poesia afiada, convida o ouvinte a refletir sobre as desigualdades e as pequenezas humanas, pedindo, acima de tudo, um pouco mais de humanidade.
Saúde e Paz...!
Babylon - Zeca Baleiro
Lançada em junho de 2000
Baby!
I'm so alone
Vamos pra Babylon
Vamos pra Babylon
Viver a pão de ló e Möet Chandon
Vamos pra Babylon
Baby, baby Babylon, baby
Gozar!
Sem se preocupar com amanhã
Vamos pra Babylon
Baby, baby Babylon, baby
Comprar o que houver
Au revoir ralé
Finesse s'il vous plait
Mon dieu je t'aime glamour
Manhattan by night
Passear de iate
Nos mares do pacífico sul
Baby!
I'm alive like a Rolling Stone
Vamos pra Babylon
(Baby Babylon, baby Babylon)
(Baby Babylon, baby Babylon baby)
Vida é um souvenir made in Hong Kong
Vamos pra Babylon! (Baby Babylon)
É vamos pra Babylon
Vem ser
Feliz ao lado deste bon vivant
Vamos pra Babylon
Baby, baby Babylon, baby
De tudo provar
Champanhe, caviar
Scotch, escargot, rayban bye, bye miserê
Kaya now to me
O céu seja aqui
Minha religião é o prazer
Não tenho dinheiro pra pagar a minha yoga
Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga
Eu não tenho renda pra descolar a merenda
Cansei de ser duro vou botar minha alma à venda
Eu não tenho grana pra sair com o meu broto
Eu não compro roupa por isso que eu ando roto
Nada vem de graça, nem o pão, nem a cachaça
Quero ser o caçador ando cansado de ser caça
Não tenho dinheiro pra pagar a minha yoga
Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga
Eu não tenho renda pra descolar a merenda
Cansei de ser duro vou botar minha alma à venda
Eu não tenho grana pra sair com o meu broto
Eu não compro roupa por isso que eu ando roto
Nada vem de graça, nem o pão, nem a cachaça
Quero ser o caçador ando cansado de ser caça
Ai morena viver é bom
Esquece as penas vem morar comigo em Babylon
Ai morena viver é bom
Esquece as penas vem morar comigo em Babylon
Ai morena viver é bom
Esquece as penas vem morar comigo em Babylon
A Voz da Psicologia:
A música é uma crítica social envolta em uma melodia cativante e um ritmo que convida à reflexão de forma animada e descontraída. O termo 'Babylon, historicamente associado à cidade antiga repleta de riquezas e luxo, é utilizado aqui como metáfora para um estilo de vida superficial e materialista, onde o prazer e o consumo são os valores máximos da vida.
A letra descreve uma vida de excessos, sugerindo uma fuga da realidade através do consumo, da vida de luxos como (Pão de Ló) e (champanhe Möet Chandon). E denuncia a sedução exercida pelo estilo de vida superficial e consumista, que promete felicidade e satisfação imediatas, reforçando a ideia dos paraísos artificiais, em detrimento da vida real.
A canção se tornou ao longo do tempo uma grande referência quando toma um rumo crítico ao expor a realidade de quem não pode se dar ao luxo de viver nesse mundo de aparências. Enfatizando as diferenças sociais e as dificuldades, que é para muitos, de se ter como suprir as necessidades básicas. E escancara na forma de revelação a enorme insatisfação existente com a desigualdade social reinante e a dificuldade de ascensão.
Saúde e Paz...!
Babylon System - Bob Marley
Lançada em outubro de 1979
Nós nos recusamos a sermos
O que vocês querem que sejamos
Nós somos quem somos
E é assim que vai ser! Você não sabe!
Vocês não podem me adestrar
Para oportunidades desiguais:
Falando da minha liberdade,
Pessoas livres e liberdade!
É, nós temos marchado para essa prensa de vinho há muito tempo:
Rebelem-se, Rebelem-se!
É, nós temos marchado para essa prensa de vinho há muito tempo:
Rebelem-se, Rebelem-se!
O sistema da Babilônia é o vampiro.
Sugando as crianças dia após dia,
E eu digo: O sistema da Babilônia é o vampiro, sistema em decadência,
Sugando o sangue dos que sofrem.
Construindo Igrejas e universidades
Iludindo as pessoas continuamente.
E eu digo: Eles estão graduando ladrões e assassinos;
Olhem agora: Eles estão sugando o sangue dos que sofrem.
Contém a verdade para as crianças!
Contém a verdade para as crianças!
Contém a verdade para as crianças agora mesmo!
Venham e contém a verdade para as crianças!
Contém a verdade para as crianças!
Contém a verdade para as crianças!
Contém a verdade para as crianças!
Venham e contém a verdade para as crianças!
Porque nós temos marchado para essa prensa de vinho há muito tempo:
Rebelem-se, Rebelem-se!
Porque nós temos marchado para essa prensa de vinho há muito tempo:
Rebelem-se, Rebelem-se!
Desde o dia em que saímos das Praias da
Terra de nosso Pai, marchando para a prensa de vinho
Nós temos andado, rebelem-se!
Oh até agora, nós temos sido oprimidos, é!
Senhor, Senhor vamos para...
Agora que sabemos de tudo, temos que nos rebelar
Alguém tem que pagar pelo trabalho
Que nós fizemos, Rebelem-se.
A Voz da Psicologia:
A música é um hino de resistência e crítica social. Expressa a indignação e o repúdio a um sistema violento e opressor, referindo-se a ele como 'Babilônia'. Essa referência é uma metáfora bíblica que remete à ideia da corrupção e da injustiça que acontece no mundo.
A música, é um chamado à consciência e à liberdade, rejeitando a conformidade e a submissão ao que é imposto pelo mundo, como ele é.
A letra sugere que esse mundo se alimenta da vitalidade e do espírito dos 'sofredores', ou seja, das pessoas oprimidas e violentadas. Simbolizando em seus trechos o trabalho árduo e a exploração sofrida por essas pessoas. E denuncia, com muita intensidade, instituições mundo a fora que enganam o povo e perpetuam o ciclo de exploração, opressão e violência.
A mensagem final é um apelo para que a verdade seja revelada às crianças, priorizando e indicando a importância da educação e do conhecimento para a libertação das futuras gerações. Enfatiza ainda, a necessidade de rebelião e de recusa em ser explorado, incentivando a luta por justiça e igualdade social.
A canção se tornou ao longo do tempo, um poderoso manifesto que continua a inspirar movimentos de resistência pelo mundo todo e a busca por um mundo mais justo e igualitário.
Saúde e Paz...!
Como Uma Onda - Lulu Santos
Lançada em janeiro de 1982
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu a um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu a um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugi
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
A Voz da Psicologia:
A música é uma verdadeira reflexão sobre a impermanência e a constante mudança da vida.
A letra utiliza a metáfora das ondas do mar para ilustrar como a vida está em constante movimento e transformação, reafirmando o quanto a vida é dinâmica. E nos remete a ideia de que o passado não pode ser recriado e que o presente é sempre a possibilidade de um novo começo. Convida a todos nós a não resistir às mudanças, a não se apegar em nada velho ou ultrapassado e se permitir se entregar ao desconhecido. Bem como, a reconhecer a beleza e a plenitude da vida, que existe tanto fora quanto dentro de nós.
Nos lembra o tempo todo da constante, da bela, da surpreendente possibilidade de renovação que a vida pode oferecer. A música é um convite à reflexão e à aceitação, e nos incentiva a uma postura de abertura e apreciação, diante da imprevisibilidade da vida e da existência.
Saúde e Paz...!
Wish You Were Here - Pink Floyd
Lançada em setembro de 1975
Então, então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno?
Céus azuis da dor?
Você consegue distinguir um campo esverdeado
De um trilho de aço gelado?
Um sorriso de uma máscara?
Você acha que consegue distinguir?
Eles fizeram você trocar
Os seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
O ar quente por uma brisa fria?
O conforto do frio por mudanças?
Você trocou
Um papel de figurante na guerra
Por um papel principal numa cela?
Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Nós somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que nós encontramos?
Os mesmos velhos medos
Eu queria que você estivesse aqui
A Voz da Psicologia:
A canção carrega em sua essência uma profunda reflexão sobre a vida, a perda e o distanciamento. E trata da ausência deixada por uma pessoa que se foi, se tornando uma espécie e desabafo daqueles que sentem saudades. Ela é uma poderosa reflexão sobre a saudade sentida, a saudade doida. E versa sobre a ausência, que deixa a sensação de buraco no peito pela falta de alguém querido.
As perguntas retóricas utilizadas desafiam o ouvinte a discernir entre realidades opostas, como o céu e o inferno, alegria e dor. E são vistas como uma crítica à perda de autenticidade e à dificuldade de reconhecer o que é verdadeiramente valioso na vida. Fala ainda de percepção de vida, fala de escolhas, principalmente aquelas que fazemos baseados em nossas percepções.
Usa referências que sugerem a troca do que é inspirador e real na vida, por ilusões e sombras do passado. Que simbolizam elementos naturais e genuínos que são substituídos por cinzas e ar quente, metáforas para algo sem vida e sem substância.
A letra expressa um desejo profundo de companhia e compartilhamento de experiências, claramente evidenciado. Simbolizando a imagem de almas perdidas nadando em aquário, ano após ano, para evocar uma sensação de confinamento e repetição. Sugerindo uma desconexão que impede o verdadeiro encontro. Fala de troca de desejos e de mudanças na essência do "Eu". Fala de medos e da constatação da continuidade da vida.
A música escancara o fato de que, apesar de todo o movimento e o passar do tempo, o que se encontra em muitas vidas, são os mesmos velhos medos, as mesmas angústias e as conhecidas dores e sofrimentos. Indicando que as questões fundamentais da existência permanecem sem resposta. Ao mesmo tempo que convida à introspecção profunda e à valorização das conexões humanas genuínas. A música é linda, um hino de uma época que se mantem atual nos corações e nas vidas de muitos de nós.
Saúde e Paz...!